domingo, 20 de maio de 2012

Meu pasto subaquático de zebras

   Toda minha fixação por aquários nasceu quando eu fui em um clube onde havia um riacho, neste riacho eu pesquei 6 peixes.Eu os botei num copo. Botei o copo embaixo da pia da churrasqueira.Para minha tristeza empurraram uma caixa de isopor para o lugar. Quando cheguei para ver se eles estavam bem, acabei descobrindo que um deles havia caído do copo e que os outros estavam espremidos no que restava do plástico.O peixinho que caiu, morreu, mas apesar dos sobreviventes , me restaram apenas dois depois de algumas semanas.
  Meu tio identificou-os como piabinhas e eu tive a ideia de montar um aquário com mais algumas espécies de peixes. Então eu pesquisei e optei pelo queridinho dos aquaristas iniciantes: o peixe paulistinha ou se preferir Danio rerio - descrito pela maioria como ''a alegria do aquário''e''alegres e brincalhões''.
   Fui à loja de aquarismo mais próxima. Comprei os únicos peixes paulistinhas(quatro) da loja com o dinheiro que juntei durante dois meses .
   Arranjei capim, embora o certo fosse algas, e pus no aquário´, mas a água ficou turva e eu as retirei. Estou procurando plantas artificiais para o aquário  talvez eu ponha aguapés boiando para retirar da água as substâncias tóxicas. Espero como qualquer aquariata novato que meus miúdos peixinhos se sintam tão seguros e em casa que fiquem à vontade para que perpetuem seu genes.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A princesa das ruas

      Certa noite chovia muito.Nos aprontávamos para jantar enquanto meu pai não chegava.Ouvimos um barulho de chaves.Era o meu pai que entrava. Ele adentrou a sala com um olhar entristecido: ''Vi uma cena que me chocou muito.''disse ele. ''O que houve, Fernando?'' perguntou minha mãe. Ele respondeu que havia visto uma cadelinha, que estava na nossa rua há uma semana, deitada embaixo dos arbustos em meio á chuva e ás trovoadas, e o que partiu seu coração foi o fato de ela estar esquelética e um pouco ferida, também havia um corrimento verde no nariz dela, enquanto nossa cadelinha Ully estava um tanto acima de seus costumeiros dois quilos e meio ficar deitada em almofadas macias o dia todo e só se levantar para comer e para procurar uma almofada mais macia. Minha mãe disse: ''Então, deixe-a dormir na varanda esta noite e a Ully dorme no sofá.'' Ora, pois! A ully sai lucrando mais uma vez!
     Botamos a cadelinha vira-latas para dentro e separamos tapetes velhos para ela dormir. Também botamos um pote de ração e um de água. A cadelinha, a qual passamos a chamar de Princesa, comia como se nunca houvesse se alimentado na vida, e nos quase fez acreditar nisso.
    No dia seguinte levamo Princesa na veterinária da vizinhança e ela averiguou que a cadelinha estava com início de pneumonia, ela receitou alguns remédiosque deveriam ser aplicados por uma semana.''Mas eu não posso aguentar!'' ,disse minha mãe, ''Essa cachorra é muito feia!'' mas é claro que ela não era feia para mim.
     Eu sabia que minha mãe não queria a Princesa como animal de estimação, ela iria jogar aquela adorável e meiga criatura nas ruas e ela retornaria á triste condição de abandono de antes.Então lembrei de um folheto de uma ONG que certa vez distribuiram nas caixas de correio. Comuniquei á minha mãe que imediatamente tratou de liga para a dona da ONG que aceita doações de animais. Levamos então Princesa ao abrigo com um saco imenso de ração e muito jornal. A moça ficou agradecida e nós também. Mas havia algo em mim que havia mudado. E eu prometi a mim mesma que um dia quando tivesse minha independencia tanto de idade quanto de dinheiro e tempo irei buscar minha princesinha das ruas no abrigo, mesmo que eu tenha que aguentá-la quando ela estiver idosa, porém também  aprendi que não devemos ter preconceito contra nada nem ninguém, até o torrão mais sombrio de terra pode ter ouro por dentro.